segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Computador na escola:

a solução dos problemas da educação brasileira?

Computador na escola! - até bem pouco tempo, um "privilégio" quase que exclusivo das escolas particulares. Com o Programa Nacional de Informática na Educação, em implementação pelo MEC e pelas Secretarias de Estado de Educação, esse "privilégio" passa a ser também de muitas escolas públicas brasileiras. Comunidades escolares de todos os lugares do Brasil movimentam-se no sentido de conseguir um laboratório de computadores e colocar seus alunos em contato com a tecnologia. Entretanto, a maioria dessas comunidades não tem clareza dos motivos que provocaram essa corrida em busca da tecnologia, nem dos mitos, concepções e ideologias que perpassam a introdução do computador na escola.

Para que a introdução dessa tecnologia não se transforme em mais uma panacéia, como tantas outras experiências vivenciadas na tentativa de resolver os problemas da educação brasileira, torna-se necessário refletir, discutir e entender todas as implicações da introdução dessa inovação no processo pedagógico. Um dos fatores que se faz necessário discutir é o motivo que provocou a introdução do computador na escola.

Com a implementação no Brasil, como na maioria dos países do mundo, de um novo modelo econômico, ocorreu uma mudança em todos os setores da sociedade –economia, política, relações de trabalho, valores. Para o país poder adequar-se a esse novo modelo e concorrer de igual para igual com os países desenvolvidos no mercado internacional é fundamental empregar os avanços científicos e tecnológicos no processo de desenvolvimento econômico. Para tanto, é necessário preparar a população para fazer uso da tecnologia de ponta, ao mesmo tempo em que a mesma é disseminada pelo país. As políticas públicas passam a direcionar-se para a modernização de todos os setores da sociedade, investindo-se maciçamente em tecnologia, buscando atingir estágios superiores de desenvolvimento das forças produtivas e da organização política e social.

Estrategicamente, o computador e a Internet começam a aparecer na mídia, passando a ser um fenômeno popular; todos querem ter acesso a essa tecnologia – inclusive as comunidades escolares -, embora muito poucos consigam. A falta de condições econômicas e a resistência à tecnologia, apresentada pela maioria da população economicamente ativa, dificulta essa inserção.

Torna-se necessário então investir na parcela da população que não apresenta essa resistência – os jovens. Mas como atingir a juventude, se a maioria da população não apresenta condições econômicas que possibilite o acesso à tecnologia? Obviamente, só tem um caminho – a escola. Na escola, com um laboratório de 15 microcomputadores e uma linha telefônica é possível atingir uma população de mais de 500 alunos.

Ensino fundamental e médio tem três anos para acrescentar a disciplina música no currículo

Todas as escolas públicas e particulares do Brasil terão de acrescentar, no prazo de três anos, mais uma disciplina na grade curricular obrigatória. A Lei nº 11.769, publicada no Diário Oficial da União no dia 19, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) — nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 — e torna obrigatório o ensino de música no ensino fundamental e médio. A música é conteúdo optativo na rede de ensino, a cargo do planejamento pedagógico das secretarias estaduais e municipais de educação. No ensino geral de artes, a escola pode oferecer artes visuais, música, teatro e dança.

Com a alteração da LDB, a música passa a ser o único conteúdo obrigatório, mas não exclusivo. Ou seja, o planejamento pedagógico deve contemplar as demais áreas artísticas. Até 2011, uma nova política definirá em quais séries da educação básica a música será incluída e em que freqüência.

“A lei não torna obrigatório o ensino em todos os anos, e é isso que será articulado com os sistemas de ensino estaduais e municipais”, explica Helena de Freitas, coordenadora-geral de Programas de Apoio à Formação e Capacitação Docente de Educação Básica no Ministério da Educação. “O objetivo não é formar músicos, mas oferecer uma formação integral para as crianças e a juventude. O ideal é articular a música com as outras dimensões da formação artística e estética.”

O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de intrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim, conhecer a diversidade cultural do Brasil.

O desafio que surge com a nova lei é a formação de professores. Segundo os dados mais recentes do Censo da Educação Superior, de 2006, o Brasil tem 42 cursos de licenciatura em música, que oferecem 1.641 vagas. Em 2006, 327 alunos formaram-se em música no Brasil.

História — O ensino de música nas escolas brasileiras iniciou-se no século 19. A aprendizagem era baseada nos elementos técnico-musicais e realizada, por exemplo, por meio do solfejo. No fim da década de 1930, no entanto, Antônio Sá Pereira e Liddy Chiaffarelli Mignone buscaram inovações. Sá Pereira defendia a aprendizagem pela própria experiência com a música; Chiaffarelli propunha jogos musicais e corporais e o uso de instrumentos de percussão.

Naquela época, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) ganhava destaque. Em 1927, três anos depois de conviver com o meio artístico parisiense, ele voltou ao país e apresentou, em São Paulo, um plano de educação musical. Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica chamada Exortação Cívica, com 12 mil vozes. Após dois anos, assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística, quando a maioria de suas composições se voltou para a educação musical. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o curso de pedagogia de música e canto.

Em 1960, projeto de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro para a Universidade de Brasília (UnB) deu novo impulso ao ensino da música, com a valorização da experimentação. A idéia era preservar “a inocência criativa das crianças.” Duas décadas depois, a criação da Associação Brasileira de Educação Musical e da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (Abrace) contribuiu para a formação de professores no ensino das linguagens artísticas em várias universidades. No ensino de música, a experiência direta e a criação são enfatizadas no processo pedagógico.

Na década de 1990, o ensino de artes passou a contemplar as diferenças de raça, etnia, religião, classe social, gênero, opções sexuais e o olhar mais sistemático sobre outras culturas. O ensino passou a ter valores estéticos mais democráticos.

Atualmente, a aprendizagem musical deve fazer sentido para o aluno. O ensino deve se dar a partir do contexto musical e da região na qual a escola está situada, não a partir de estruturas isoladas. Assim, busca-se compreender o motivo da criação e do consumo das diferentes expressões musicais.

Assessoria de Comunicação Social

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

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Olá!!! esse é meu blog,ele está em desenvolvimento ainda mas conto com sua participação pra terminar de conclui-lo.Certo??